Você também sabia que seu cérebro escolhe a música, ou melhor, os sons que irão emocioná-lo ou não?

Vou explicar direitinho... Antes de se tornar um neurocientista, Josh McDermott foi Dj e, não só a música, mas o efeito que ela causava nas pessoas, sempre lhe causaram curiosidade.

McDermott agora se aventura com os efeitos do som e da música em seu laboratório no Massachusetts Institute of Technology, onde é professor assistente no Departamento do Cérebro e Ciências Cognitivas. Em 2015, ele, Sam Norman-Haignere (seu colega de pós-doutorado) e Nancy Kanwisher (professora de neurociência cognitiva no MIT) foram notícia ao localizar um caminho neural que era ativado apenas pela música, nada além da música.

No experimento, McDermott e seus colegas tocaram um total de 165 sons naturais comumente ouvidos por dez pessoas e, ao ouvirem, suas atividades cerebrais foram mapeadas por uma máquina de ressonância magnética. Os sons incluíam um homem falando, um pássaro, uma buzina de carro, um banheiro vermelho e um cachorro latindo. Nenhum desses sons despertaram a mesma população de neurônios que a música.

Sua descoberta foi de que certos neurônios têm “seletividade musical”.

A pergunta agora seria: Qual a função da música na vida humana?

Essa seletividade teria algum propósito importante na evolução humana?

Qual o papel desses neurônios dedicados exclusivamente à música?

McDermott diz que o estudo ainda não pode responder a essas perguntas. Mas está animado com o fato de que isso mostra que a música tem um efeito biológico único.